Dia de Lama 2014
Depois do sucesso da edição de 2013, as expectativas eram grandes para o segundo “Um dia na Lama” organizado pelo CLRP.
Mais uma vez escolhemos o percurso a dedo, ou melhor, a barro, e elegemos Torres Vedras como anfitriã do evento. E mais uma vez eles vieram, olharam e atiraram-se lá para dentro, provando que os Land Rovers são umas máquinas feitas precisamente para ultrapassar obstáculos.
Trinta Land Rovers, entre Defenders, Séries, Discoveries I e II e Range Rovers compareceram à chamada e iniciaram um passeio que, na primeira parte, foi apenas para dar a todos uma pintura na mesma tonalidade de castanho.
A uma passagem – breve – pela Louriceira com caminhos agrícolas à mistura, apenas para testar o bloqueio de caixa, seguiu-se o primeiro desafio do dia: a subida da Ermegeira onde a organização colocou carros com guincho no topo à espera de um engarrafamento.
Surpresa… subiram todos mas todos não obstante ter estado a chover na noite anterior. E não só subiram como desceram e voltaram a subir, escolhendo as radicais do percurso. E tudo sob o ar complacente e até agastado do director do passeio que começou a pensar que, afinal, tinha muito dia e poucos quilómetros para oferecer.
Encosta acima rabeando como cachorros felizes (já que a lama não permitia aos Land Rovers seguir a direito), eles subiram até às eólicas de Monte Redondo e voltaram a descer até à povoação. Daí até ao almoço foi um pulinho.
Com o pic-nic ao rubro lá os participantes iam dizendo que “afinal não… a coisa era ‘soft’”, “tanto espalhafato para nada”. Mas, como nestas coisas o melhor fica para último, o sector que se seguiu provou ser um desafio e peras. Foram só 900 metros… de água, barro, lama, declives, regueiras profundas, cruzamentos de eixos, guinchadas, guinchadelas, cintadas e atascansos. Copiosas quantidades de atascansos. Tudo como estava prometido. A coisa foi tão boa que os mais rápidos demoraram duas horas a perfazer os ditos 900 metros.
E não contentes seguiram para o desafio seguinte: mais um daqueles poços de lama movediça e mais umas as horas para de lá sair. E eles lá ficaram e de lá saíram apenas para, mais à frente, encontrarem um fenomenal cruzamento de eixos que poucos se desenvencilharam sozinhos, onde o espírito de grupo prevaleceu e todos se ajudaram para que ninguém ali ficasse.
O final do dia, com os pés e as calças molhadas, as botas enlameadas e um sorriso nos lábios, serviu para, frente a um bacalhau ou uma vitela estufada, contar como foi e pedir mais.
Mas aqui… só para o ano. Está prometido.
Veja a reportagem fotográfica:
Dia de Lama 2014