Passeio de Natal 2016

Passeio de Natal 2016

O tradicional passeio de Natal do Clube Land Rover Portugal teve como ponto de encontro, a vila de Pero Pinheiro, conhecida por ser um dos maiores centros de produção de rochas ornamentais, mármores e granitos da Europa.

Mas Pero Pinheiro, além deste recurso natural, tem muitos outros pontos de interesse tanto em terra como no ar. Se em terra a capela de Nossa Senhora da Graça em Cortegaça datada do século XVI, a capela de Nossa Senhora da Conceição do século XVII e o Aqueduto da Granja com os seus arcos pombalinos, são as referências em termos de património histórico, já no céu ou à volta dele, a Base Aérea nº 1 da Força Aérea Portuguesa ali instalada desde 1920, a Academia Militar de Aviação, o Instituto de Altos Estudos da Força Aérea e o Museu do Ar, são os pontos altos da região, que põe muitos aficionados literalmente de “cabeça no ar”.

Bom, mas vamos ao nosso passeio de Natal, que foi para isso que nos deslocámos até à região saloia, com a promessa por parte da organização que no final haveria um banquete de mariscos lá para as bandas de Ribamar!

O evento deste ano teve um duplo significado, já que para além de encerrar o plano anual de actividades, serviu também para marcar o final das comemorações dos vinte e cinco anos de actividade do Clube que tiveram o seu ponto alto em Junho no evento “Land Rover Play Land”, organizado conjuntamente com a Revor.

Cumpridas as formalidades das inscrições, feito o briefing de segurança e relembrado o sempre importante código de conduta do Clube, a caravana iniciou o percurso rumo a Oeste. Para os mais veteranos, lembram-se da canção “Go West” dos Pet Shop Boys? Posta a cassete no velhinho leitor do Defender lá fomos nós, por montes e vales, através de caminhos aqui e ali a necessitar de algum empenho na condução, à descoberta da região que durante décadas alimentou os mercados de Lisboa com produtos agrícolas.

O percurso até ao primeiro “waypoint” é composto por terrenos com muita pedra, duros, mas que acabam por secar com facilidade, o que faz com que a lama que tinha estado presente nos reconhecimentos, e que tantas dificuldades cria na progressão, “nem vê-la”. Em vez disso, fomos brindados com um magnífico dia de sol e céu limpo, ideal para secar os carros e os corpos, já algo cansados das chuvas intensas das semanas anteriores, sim que a “ferrugem” é um mal que ataca tudo e todos.

Primeiro local de paragem, as Cascatas do rio Mourão em Anços. Para quem ainda não conhece, e queira surpreender-se com uma maravilha da natureza, tem ali mesmo às portas de Lisboa, um local idílico e aprazível que não pode mesmo perder. Na primavera é ideal para levar o saco ou a cesta de pic-nic, e se for de Land Rover descapotável, então será o que os Ingleses chamam de um dia glorioso…

Tal como os rios que correm para o mar, também nós íamos nessa direcção, mas para lá chegar ainda tínhamos uns quantos obstáculos que vencer. A certo ponto não havia alternativa (foi de propósito, disseram-nos), senão passarmos o rio Lizandro a vau. Com as chuvas de outono, as tais que enferrujam os ossos, o curso do rio estava “no ponto” para se passar em total segurança. Com uma dose de adrenalina quanto baste, foi suficiente para entusiasmar os mais inexperientes, principalmente os pequenotes que no banco de trás diziam, “ó Pai, podemos fazer outra vez?”

E já que o Lizando desce para a foz, lá fomos nós atrás dele, até atingirmos o segundo “waypoint” do dia, onde está edificada desde o século XVI a famosa capela de Nossa Senhora do Ó (ou do Ó-Ó, para os que eventualmente já estivessem a sofrer de um ataque de sonolência pós-almoço, apesar dos abanões do percurso)…

O resto da tarde foi suave como convinha num evento deste género – obrigado organização – ideal para gozar o sol de Inverno e começar a sonhar com o marisco que mais lá para a frente nos haveria de tocar. Antes disso porém era tempo de fazer uma paragem na zona da Ericeira (terceiro waypoint), para ver o pôr-do-sol que caía mais ou menos na direção dos Açores (olá Açores), e tomar um café retemperador.

O jantar/convívio, o tal do marisco há muito prometido, teve lugar em Ribamar, local mundialmente conhecido pelas praias de São Lourenço e Ribeira d´Ilhas que fazem parte da reserva mundial do Surf, a primeira do género na Europa. Mas desta vez eram poucos os “pinguins” de fatos negros que se faziam às ondas munidos das suas velozes pranchas, já que o mar estava “flat” diziam eles…

Se o surf é um cartão de visita desta região costeira, a mesa, ou melhor, o que servem à mesa, não é menos. Como tal, depois de desligados os motores, eis que chegava finalmente o nosso repasto, os peixes e mariscos que fazem a especialidade da casa e da região, e que de tão frescos parecia que tinham acabado de chegar da lota.

Conversas sobre a facilidade do percurso à parte, o jantar foi sobretudo e como sempre acontece nesta época de Natal, um momento de encontro onde imperou a boa disposição em torno desta paixão que é a marca Land Rover. E já que é Natal “sempre que um homem quiser” o Clube revestiu-se do espírito solidário da quadra e decidiu dar uma ajuda monetária a uma instituição social do concelho de Cascais onde actualmente tem a sua sede.

Foi o fim da festa e o “descer do pano” sobre mais um ano de reconhecimentos de trajectos e passeios por esse país fora, mas este com um sabor especial, com a celebração dos 25 anos de actividade que fazem do Clube um dos mais antigos clubes monomarca do nosso país.

Até para o ano, para mais viagens e aventuras com o Clube Land Rover de Portugal! Esperamos por todos!

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