Conhece o Arlindo Duarte?
Arlindo Duarte, está ligado ao controlo térmico na área vidrada, de edifícios e de automóveis, representando a marca LLumar em Portugal. Em 1983 fundou a Sotermica e em 2003 comprou a Prefico, empresa do mesmo área, até então concorrente direta, hoje estas empresas são líderes de mercado a nível nacional. A nível pessoal sempre esteve ligado a grandes e fantásticas viagens de mota, tendo percorrido toda a Europa, várias vezes, tendo, em 2022, visitado o emblemático Cabo Norte. Foram 13.500Km, passando por 16 países, naquele que considera a viagem de uma vida. Atualmente, já aposentado, tem dois hobbies e não sabe de qual gosta mais: as motas e o Clube Land Rover.
Podes nos contar um pouco sobre como chegaste até ao Clube Land Rover de Portugal?
Eu comprei o meu primeiro Land Rover em 2008 – carro que ainda hoje tenho – com a finalidade de levar um pastor alemão, que tinha também acabado de entrar cá em casa, a passear à serra de Sintra. Que grande problema que eu arranjei, já nunca mais consegui ter o carro só com essa finalidade e nasceu uma paixão que já me deu tantos e tantos momentos únicos. Soube da existência do clube através de um amigo que me propôs como socio e desde então a minha vida mudou…
Qual o segredo da motivação para continuares no clube após 8 anos de direção?
A motivação é sempre enorme. Em primeiro lugar, conviver com amigos, em segundo porque aprendo sempre coisas novas em todos os passeios e em terceiro é que sou um apaixonado pela marca Land Rover.
Quais são as tuas principais responsabilidades como vice-presidente ?
Enquanto Vice-Presidente, faço parte da equipe que trata dos percursos/ reconhecimentos e tento sempre criar o bom ambiente entre os sócios, ajudando no resgate de viaturas caso seja necessário.
Quais são os maiores desafios?
O maior desafio é mobilizar cada vez mais os sócios para os eventos e criar condições para que os carros mais recentes possam fazer passeios, passando por criar trajetos adequados a esses mesmos carros.
Fala-nos de alguns dos eventos mais memoráveis organizados pelo clube nos últimos anos?
Todos os passeios são memoráveis, mas eu destaco os passeios designados de “Norte Sul” a travessia da “Fronteira até ao Mar”, o “Sotaque do Norte”, ainda, por último, o que se realizou há pouco tempo, a propósito comemoração dos 75 anos da marca Lande Rover. Haverá outros igualmente relevantes, mas, para mim, estes foram, sem duvida, os que eu tenho como muito marcantes.
Podes descrever o planeamento de um evento, percursos e locais de visita, hotéis.
O planeamento começa antes do início de cada novo ano, com a discussão e aprovação por parte da direção do calendário de eventos. De seguida, e com o devido tempo, faz-se um trajeto no Google Earth e vamos para o terreno gravar e corrigir o percurso para daí sair o percurso devidamente desenhado, e que servirá para enviar aos sócios. Entretanto já foram pedidas as devidas autorizações aos organismos oficiais. O Clube tem sempre a preocupação da componente cultural: visitar um museu, fazer uma prova de vinhos e outros que haja por perto e que a direção entenda ser de relevância visitar. Quanto aos hotéis, o clube tem sempre uma grande preocupação em encontrar locais de estadia condigna com os pergaminhos do Clube, tendo sempre a preocupação com relação preço/qualidade.
Como é que o clube se envolve com as comunidades locais e com outros entusiastas da marca Land Rover e que tipo de impacto o clube teve nas comunidades onde organiza eventos?
É impossível esconder que em algumas comunidades somos muito mal recebidos. As pessoas estão muito desiludidas com certos grupos que não se preocupam e não têm nenhum cuidado com os locais por onde passam, criando muitas vezes prejuízos aos locais. Quando o clube chega a esses sítios é visto com muitos maus olhos, como se fossemos nós a destruir os seus bens.
Quais são os maiores desafios que o clube enfrenta atualmente e como é que tu vês o futuro do Clube Land Rover de Portugal nos próximos anos?
O futuro do clube é sem dúvida um desafio. Em primeiro lugar tem que tentar alterar o paradigma do parque automóvel atual do clube, deve começar a criar condições para carros novos fazerem passeios, escolhendo percursos menos agressivos e cativando, assim, os utilizadores a virem fazer passeios sem danificar os carros. Acho no entanto que deve ser feito um ou mais passeios por ano mantendo o figurino atual para não perdermos os detentores dos atuais carros que gostam de passeios mais radicais.
Como é a tua experiência de conduzir uma Land Rover em eventos organizados pelo clube?
É sempre uma experiência desafiante. Não restam dúvidas de que estes carros nos dão um prazer único. Colocar-me perante um obstáculo que à partida parece intransponível, abordá-lo com um Land Rover e ultrapassar o desafio dá-me um prazer que não sei explicar.
Como é o relacionamento do clube com as autoridades locais e câmaras municipais?
Este relacionamento é sempre de grande cordialidade, as autoridades vêm o clube como uma instituição de bem.
Podes nos dar um exemplo de uma parceria de sucesso que o clube tenha estabelecido?
Para mim, a grande parceria que o clube estabeleceu e se que se mantém é com a Motormáquina. Aquando do restauro do nosso carro foram de uma disponibilidade fantástica, nada houve que fosse que não entregue. Para mim deve continuar.
O que tu gostarias de ver o clube realizar ou alcançar nos próximos 5 anos?
Gostaria de ver o clube com uma sede própria com condições para receber os sócios, onde, por exemplo, fosse possível realizar colóquios/tertúlias sobre a marca.
– Que impacto teve pandemia de COVID-19 nas atividades do clube? Quais adaptações foram necessárias para continuarem durante este período?
Não há dúvida de que o clube teve que fazer e ajustar várias alterações, uma delas as reuniões que passaram a ser on-line. Chegámos a um ponto em que estávamos todos com muita vontade de votar a andar com os nossos carros e conviver com os amigos. Foi difícil, mas, sem dúvida, trouxe-nos novas aprendizagens.